Fitch cita melhora das contas externas e estabilidade econômica para conceder grau de investimento

>> 29 maio 2008


Fitch cita melhora das contas externas e estabilidade econômica para conceder grau de investimento
SÃO PAULO - A melhora na nota soberana de crédito do Brasil se deveu ao " excepcional progresso " do quadro das contas internas e externas do país, de acordo com a agência de classificação de risco Fitch Ratings. Esse avanço, diz a agência, reduziu a vulnerabilidade do Brasil a choques, arraigou a estabilidade macroeconômica e fortaleceu as perspectivas de crescimento de curto prazo.

A decisão da Fitch de conceder ao Brasil o grau de investimento vem quase um mês após a congênere Standard & Poor´s ter promovido o país a essa classificação, em 30 de abril. Na ocasião, a Fitch Ratings comunicou que estava fazendo uma "revisão ativa" da nota.

Além desses, a agência cita outros fatores que respaldam o grau de investimento. Menciona o compromisso do governo com o superávit primário das contas públicas e com a manutenção de taxas baixas de inflação. Lembra ainda a atividade diversificada da economia, a renda per capita de cerca de US$ 7 mil (em linha com a média dos países de classificação BBB) e a estabilidade política e social.

Em comunicado, a diretora-sênior da área de ratings soberano da agência, Shelly Shetty, diz que a melhora das contas externas nacionais se deve não apenas ao aumento de preço das commodities, mas também ao resultado da política econômica. Ela ressalta que o Brasil passou a ser credor externo com o aumento significativo das reservas internacionais e a diminuição da dívida externa. Assim como a S & P havia feito, também sublinha a importância da independência do Banco Central na tomada de decisões. " O BC não hesitou em elevar as taxas de juros recentemente, para combater a inflação e ancorar as expectativas inflacionárias " , diz o texto.

Para Shelly, embora as taxas de crescimento do Brasil sejam menores do que as de Rússia, Índia e China, a estabilidade macroeconômica, a entrada de investimentos externos diretos e os benefícios das reformas microeconômicas passadas vão permitir um desempenho melhor e mais estável para o país. A Fitch cita que o Brasil vive o mais longo ciclo de crescimento em 20 anos e a média dos cinco últimos anos, de expansão de 4,5%, aproximou o país da média das nações com nota BBB (de 5%).

(Valor Online)

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