Fusão Oi e Portugal Telecom [ Vivo está na jogada também]

>> 08 julho 2010


Acionistas da Portugal Telecom estudam a possibilidade de fusão com a Oi e assim conseguir vender a Vivo a espanhola Telefônica. 

 A Telefônica, empresa espanhola de telefonia com participação na Vivo ofereceu recentemente 6,5 milhões de euros pela outra participação na empresa sem a presença do governo português, negociando diretamente com acionistas, tal oferta chegou a ser recusada, mas numa tentativa mais ousada aumentou para 7,15 milhões de euros e desta vez 74% do capital votante aprovou a oferta. 

 Tal decisão irritou o primeiro ministro português, José Sócrates que usou a golden share (ações preferenciais) para impedir a aquisição da vivo pela telefônica. A medida foi tomada por considerar a Portugal Telecom [PT] estratégica para o estado português. 

Conforme matéria de Silvia Caetano de Barros [aqui] no blog Christina Lemos do R7 : 
 Os direitos especiais do Estado português, traduzido em 500 ações preferenciais, bloquearam a operação. Para a Portugal Telecom, a Vivo é essencial e estratégica, pois representa metade dos seus resultados. A PT não teria 11 mil trabalhadores sem a Vivo, resultado também dos produtos que desenvolve no Brasil, país que lhe dá relevância. É a Vivo que garante a Portugal ter uma empresa com dimensão global - o que Sócrates considera indispensável ao país.
A Portugal Telecom é dona da Brasilcel que controla 60% do capital da Vivo.

Atual Estrutura Societária da Vivo
A Fusão Oi e PT
Caso ocorra uma fusão entre estas duas empresas, a Portugal Telecom mesmo vendendo a Vivo para a Telefônica, fica num posição bem tranquila no mercado brasileiro e africano.
Conforme o caderno econômico do site sapo.pt:
A operação daria origem a um gigante com mais de 80 milhões de clientes, que seria a maior operadora brasileira, mas também estaria em África, nos países onde a PT está presente (Angola, Cabo Verde, Namíbia, São Tomé e, em breve, Moçambique).
Para a PT, a fusão permitiria continuar no Brasil sem ter de investir grande parte do encaixe da venda da Vivo na compra de uma operadora local, ficando, assim, com mais capital para realizar aquisições noutras geografias, distribuir pelos accionistas e resolver o défice do seu fundo de pensões. Para a Oi, a operação permitiria receber ‘know-how' e tecnologia da PT e entrar nos mercados africanos .



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