Renda fixa, ações, dólar: qual será a escolha mais bem sucedida em 2009?

>> 08 janeiro 2009


SÃO PAULO - Para aqueles que mantiveram seus investimentos em renda variável, o ano de 2008 foi penoso. O Índice Bovespa encerrou o último ano com queda de 41%, pior marca desde 1972, enquanto Dow Jones e S&P 500, dois dos principais índices de ações dos EUA, se desvalorizaram 34% e 38%, respectivamente. Sem falar dos europeus, como FTSE 100 (-31%) e DAX 30 (-40%).

Até as apostas em renda fixa nos mercados desenvolvidos abalaram alguns portfólios; caso dos bônus de dívida do Lehman Brothers, que declarou concordata em setembro, entre outros. Houve ainda as perdas com os fundos controlados por Madoff, que armou um esquema Ponzi criminoso.

O mercado brasileiro seguiu à deriva dos acontecimentos externos e do fluxo de investimento estrangeiro, muito prejudicado com a intensificação da crise financeira. Lucro real moderado veio de aplicações em renda fixa, alternativa de investimento que Alberto Furuguem, economista do banco Cruzeiro do Sul, concentra suas apostas em 2009, visto que a taxa de juro praticada no Brasil está entre as mais elevadas do mundo.

Saídas para 2009
Para este ano, Furuguem pede muita atenção para os investimentos em renda fixa, que devem gerar algum lucro real (retorno deduzido da inflação) mesmo em meio à expectativa de queda da Selic nos próximos encontros do Banco Central.

Quanto às bolsas de valores, o economista vincula sua análise aos fundamentos depreciados das ações, que geram "boas oportunidades de compras" para o investidor com foco no longo prazo. O principal objetivo este ano é reduzir o preço médio da carteira, afirma Furuguem, mesmo sem saber quando será declarada a virada do mercado.

No mercado de câmbio, a análise é de mais volatilidade na relação real versus dólar, assim como verificado ao longo de 2008, quando houve a disparada da cotação da divisa norte-americana por conta do agravamento da crise.

Âmbito coorporativo
No que tange a esfera corporativa, o economista do Cruzeiro do Sul acredita que os investimentos deverão ser mais comedidos em 2009 e muito mais estratégicos, com análises profundas na hora do aporte.

Impactos da crise serão sentidos também nos resultados das empresas, que transitaram de um crescimento acelerado no primeiro semestre de 2008 para um crescimento bem mais moderado a partir de agora. Os números do quarto trimestre de 2008 e do primeiro trimestre de 2009 serão uma amostra do que será este ano.

Porém, mesmo em meio ao cenário negativo, Furuguem prevê surpresas agradáveis, por isso recomenda avaliações setoriais e específicas de cada empresa a fim de garimpar uma boa oportunidade.

Se a aposta é no mercado imobiliário, reveja seus planos. Para o economista, o comportamento mais provável é o de queda de preços, em consonância com o desaquecimento econômico e a restrição de crédito.

Portanto
O melhor a se fazer é tentar precaver-se contra as ameaças, mas, sobretudo, não deixar de aproveitar as oportunidades que certamente estarão disponíveis ao longo de 2009, afirma Furuguem.

Este ano poderá ser um período de "reestruturação" de procedimentos, ao passo que a retomada do crescimento deverá ocorrer em uma ambiente mais saudável e equilibrado.
Fonte: InfoMoney



0 comentários:

Receba nossas Atualizações

Digite seu Email no campo abaixo:

Delivered by FeedBurner

  © Blogger templates Inspiration by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP