Bovespa segue panorama global negativo e recua quase 4%

>> 22 dezembro 2008


Dia é de queda nas bolsas americanas e européias.Volume de negócios no dia foi baixo, contribuindo para volatilidade.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta segunda-feira (22), seguindo o clima de pessimismo que afeta os principais mercados mundiais. Ao final das negociações, o índice Ibovespa, referência para o mercado nacional, teve queda acentuada de 3,87%, aos 37.618 pontos.

Após iniciar os negócios em alta, a bolsa não resistiu à queda nos índices das bolsas americanas e européias, somada à volatilidade proporcionada pelo baixo volume de negócios antes dos feriados de Natal. O giro financeiro do pregão ficou na casa dos R$ 2,5 bilhões, abaixo da média. Principais pilares da bolsa, tanto Petrobras quanto Vale tiveram quedas superiores a 5,0%.

Para o analista da corretora SLW Pedro Galdi, o mercado deve permancer volátil até o final do ano e com pouco volume.

"A partir de hoje começa a enfraquecer o mercado e as bolsas vão seguir voláteis, a entrada de Obama em janeiro talvez dê mais um pouco de confiança e melhore no início de 2009", disse Galdi, referindo-se à posse do presidente eleito dos EUA, Barack Obama.

Mercado externo

Nos Estados Unidos, que vem há semanas determinando a movimentação na Bovespa, os indicadores apontaram para baixo. Ao final do dia, o índice Dow Jones encerrou em queda de 0,69%, a 8.519 pontos. O indicador ampliado Standard & Poor's 500 se desvalorizou 1,83%, a 871 pontos, enquanto o termômetro de tecnologia Nasdaq teve queda de 2,04%, para 1.532 pontos.

Na Europa, o índice FTSEurofirst, que reúne as principais praças do continente, teve queda de 1,5%, a 810 pontos. Foi o sétimo dia de queda nos últimos oito pregões do indicador que acumula baixa de 44% no ano. Entre os principais mercados, a maior queda foi em Paris (-2,31%).

Indicadores brasileiros

Entre os dados internos, o Banco Central brasileiro revisou nesta segunda-feira a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 5% para 5,6%. Para o ano de 2009, a previsão é de uma desaceleração por conta da crise financeira internacional. Com isso, a expansão da economia deve ficar em 3,2%.

Quanto à inflação, a expectativa é de redução em relação a 2008. A projeção do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano subiu de 6,1%, no último relatório de inflação divulgado em setembro, para 6,2%. Para 2009, entretanto, a previsão para o índice calculado pelo IBGE recuou de 4,8% para 4,7%.

Ainda pela manhã, a pesquisa de emprego do Seade-Dieese mostrou que a taxa de desemprego caiu a 13% em novembro nas seis regiões metropolitanas pesquisadas - Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e Distrito Federal -, em comparação aos 13,4% do mês anterior.

Isso significa que 72 mil vagas foram criadas de um mês para o outro. De acordo com as instituições responsáveis pela pesquisa, esta é a menor taxa de desemprego consolidada desde janeiro de 1998. Em São Paulo, a taxa registrada foi a menor desde fevereiro de 1995.

(Com informações da AFP, Reuters e Valor OnLine)
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