Ações da Positivo volta a disparar e acumula 89% de valorização em apenas dois dias

>> 10 dezembro 2008


SÃO PAULO - Durante a manhã desta terça-feira (9), a Positivo Informática (POSI3) negou os rumores de que estaria em negociações com a norte-americana Dell e a chinesa Lenovo. Mas não conseguiu convencer o mercado.

Depois da disparada de 29,8% na véspera, os papéis mostraram desempenho ainda mais impressionante nesta sessão. Chegaram a subir 125% na máxima do dia e fecharam com valorização de mais 46,10%. Considerando os R$ 4,75 do fechamento da semana passada, a ação da Positivo acumula 89,47% de valorização em apenas dois dias.

A reação impressionante do mercado vai ao encontro de informações veiculadas pela imprensa no final de semana, que apontavam a brasileira como alvo de aquisição por uma das gigantes internacionais do setor. Dell e Lenovo são tidas como as favoritas, mas nomes como HP e Acer também já foram citados.

Os rumores não são de hoje. No início de novembro já circulava no mercado a especulação de que a empresa estaria próxima de ser vendida, sendo assessorada pelo banco de investimentos UBS Pactual. O interesse externo na Positivo pode ser resumido em dois fatores básicos: além de líder de vendas em um mercado promissor, a companhia chegou a perder 80% de seu valor de mercado no decorrer deste ano.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, representantes da Dell e da Lenovo visitaram a sede da Positivo nos últimos dias, o que coloca estas empresas como principais interessadas. Nesta terça-feira, o presidente da Lenovo, William Amelio, afirmou que "como as ações caíram significativamente, haverá consolidação do setor".

Alguns empecilhos
De olho na questão, os analistas da corretora Itaú destacaram que mesmo apresentando vantagens potenciais, a operação encontra empecilhos legais pela frente.

Por força de estatuto, a Positivo detém uma cláusula dizendo que qualquer parte possuidora de 10% de seu controle acionário, excluindo os papéis mantidos em Tesouraria, necessita propor a compra de todas as ações restantes no mercado, pagando pelas mesmas a cotação mais alta dos últimos 24 meses que, no caso em questão, seria de R$ 47,15 (665% acima da cotação de fechamento da véspera).

"Isto não é economicamente viável", ressaltou a corretora.

Líder absoluta
Dificuldades à parte, o mercado segue precificando uma potencial aquisição. Os papéis fecharam a segunda-feira cotados a R$ 6,16, com valorização de 29,68%. Longe da instabilidade das bolsas nesta terça-feira, a ação da Positivo dá continuidade à disparada e chegou a ser negociada a R$ 13,90, o que representa alta de 125% na comparação com o fechamento anterior. A forte valorização segue durante a tarde, em ritmo mais moderado.

A companhia registrou market share de 13,2% no terceiro trimestre deste ano, representando um aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2007. Mantendo a liderança absoluta no País, as vendas representaram 96,1% e 114,5% a mais do que a segunda e a terceira colocada, respectivamente. Em número de desktops, essa relação foi ainda maior, de 180,4% e 206,0%, respectivamente.
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