Metas da CSN encontram ceticismo de analistas quanto à produção da Casa de Pedra

>> 28 abril 2008


SÃO PAULO - Entre expressivas valorizações, os papéis da CSN (CSNA3) atraem as atenções dos investidores, uma vez que responderam pela maior alta de todos os integrantes do Ibovespa no ano passado e já somam ganho superior a 40% em 2008. O noticiário da empresa inclui diversos fatores, mas destaca os eventos envolvendo a mina Casa de Pedra.

Além de potencial alvo de uma oferta de ações, a mina é marcada por recentes disputas por seu excedente produtivo com a Vale, e qualquer balanço de suas operações costuma mexer forte com os ativos da CSN. Depois do forte reajuste do minério de ferro, o foco só aumenta nos prováveis benefícios que a mina pode trazer à siderúrgica, e os plano da CSN são de forte expansão.

Resta saber até que ponto as projeções da empresa podem se concretizar. Após visita à planta e reunião com o diretor da mina, Jayme Corrêa, os analistas do Santander visualizam fortes níveis de crescimento da produção, mas ainda mostram-se céticos quanto ao cumprimento do guidance produtivo.

Otimismo do executivo...
A aposta do diretor da Casa de Pedra é de que a produção passe dos 21 milhões de toneladas anuais estimados para junho deste ano para a casa de 40 milhões de toneladas por ano até dezembro.

Na reunião com o Santander, o executivo mostrou-se otimista com o cumprimento da meta ressaltando que "todos os equipamentos necessários para a expansão total já foram arrumados", e não há risco algum de a empresa não atingir a produção estimada para o final do ano.

Outro ponto de destaque citado por Corrêa diz respeito ao impacto do reajuste do minério de ferro à margem Ebitda - geração operacional de caixa sobre a receita líquida - da empresa, que já ultrapassa a casa de 60% segundo suas estimativas. Ainda assim, foi ressaltada a preocupação com a ampliação dos custos logísticos, que respondem por mais da metade da estrutura de custos da planta.

...mas ceticismo dos analistas
Apesar do otimismo com o cumprimento do guidance transbordar nas palavras de Corrêa, os analistas do Santander acreditam que o prazo é muito curto para tal feito, apesar das aposta de que a companhia passe a apresentar progresso mais expressivo nos próximos períodos.

Da visita, os analistas ressaltaram que não parece que a Casa de Pedra mostrou processo necessário para dobrar sua produção em menos de um ano. "Ainda não acreditamos que está capacitada a atingir seu projeto de expansão do guidance do minério de ferro.", salientam.

Ainda assim, os analistas destacaram que a impressão deixada pelo encontro é de que a empresa deve apresentar forte evolução nas vendas de minério de ferro no curto prazo.

A resposta das ações
Entre este impasse, uma questão foi ressaltada pelo Santander: caso a CSN comece a mostrar significativa expansão nas vendas de minério a partir dos resultados do primeiro trimestre frente aos períodos anteriores, o reflexo deve ser positivo às ações.

A recomendação da instituição é de manter os papéis da siderúrgica.
InfoMoney



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