Home Broker: pesquisa mostra por que investidor ainda resiste à internet

>> 28 abril 2008


SÃO PAULO - O uso do Home Broker caiu no gosto do investidor em 2007. Segundo dados da Bovespa, em relação a 2006, o volume médio mensal aumentou 153%, passando de R$ 6 bilhões para R$ 15,6 bilhões.
Já a média mensal do número de negócios subiu 122%, de 752,4 mil operações em 2006 para 1,7 milhão em 2007. As operações por meio do Home Broker responderam por 8,4% do volume total transacionado na bolsa no ano passado.
No entanto, pesquisa norte-americana mostra que ainda existem muitas pessoas que relutam em usar a rede para investir. Medo, insegurança, desconhecimento... qual seria a principal razão apontada pelos investidores para não usar a internet e as ferramentas on-line na hora de lidar com o dinheiro?

Contato pessoal é preferência
De acordo com o estudo da Universidade de Iowa, diante da pergunta: "Por que você não usa a internet para investir?", a maioria dos respondentes (82,4%) disse que não usa o computador para estes fins, pois prefere trabalhar com pessoas.
Quando separados por sexo, mais mulheres do que homens responderam "sim" a esta alternativa.
A tabela abaixo mostra todas as razões apontadas pelos investidores para não utilizarem a internet na hora de investir.
Os percentuais são referentes aos "sim" respondidos. O investidor poderia responder "sim" a mais de uma alternativa

Razão apontada Homens Mulheres
Prefere trabalhar com pessoas 80% mais de 80%
Os sites são confusos mais de 30% mais de 40%
Questão de segurança 40% quase 50%
Outras razões 35% 30%

Alvo de reclamações
De acordo com o Ombusdsman do Mercado, Joubert Rovai, as reclamações sobre o Home Broker das corretoras brasileiras representaram 27% do total em 2007.
Segundo Rovai, os principais problemas apontados pelos investidores foram: lentidão do site, ordens não disparadas, divergências de saldos de ações e/ou de valores, impossibilidade de negociar direitos de subscrição, liquidação de posição acionária etc.

Dicas
De acordo com a advogada especialista em direito digital, Patricia Peck Pinheiro, ao mesmo tempo que a ferramenta cria um facilitador de entrada de investidores no mercado, há alguns riscos que devem ser observados. "Riscos inerentes ao mercado de ações, riscos operacionais do uso da internet e riscos relacionados ao ciclo de liquidação", enumera a autora do livro "Direito Digital", publicado pela Editora Saraiva.
"Entre esses riscos expostos, o que mais gera impactos jurídicos vem a ser o risco operacional do uso da internet e a responsabilidade das corretoras alusiva à segurança da informação", afirmou a advogada.



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