Pobre não pode Investir ? Claro que sim !

Fala-se muito na falta de cultura do brasileiro em investir, mas em parte atribuo esta falta de cultura às instituiçõs financeiras que ainda não sabem se comunicar com cidadão comum com pouco dinheiro ou nenhum guardado na poupança.

Meu primeiro contato com renda variável foi quando o governo permitiu que cidadãos que tinham saldo no FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço aqui, aplicassem 50% de suas reservas em ações da Petrobras através dos fundos mútuos de privatização.

Bancos de todas bandeiras puderam fazer a captação, mas recordo que mesmo sendo cliente de um grande banco nacional que estava nesta empreitada a todo vapor não pude ser ouvido para falar de meu interesse em adquirir ativos da estatal. O gerente de minha conta me disse: "É um investimento de risco e tem carencia de um ano, se você tirar seu dinheiro antes perde parte do principal", não vale a pena, afirmou ele.

Não desistindo de minha intenção procurei a Caixa mesmo não sendo cliente e consegui fazer meu investimento sem muita conversa, assinei a papelada e assumi os riscos necessários e ainda hoje mantenho o ativo em minha carteira e não me arrependo.

Onde quero chegar com isso?

Gerentes de contas só aceitam conversar como cliente após ter conhecimento de sua situação financeira, um erro a meu ver, pois deveriam ser profissionais acessíveis e dispostos a dar orientação financeira aos menos abastados e assim construir uma geração mais consciente das vantagens de investir e planejar financeiramente.

Com isso tento abrir uma discussão pela educação financeira que começa com a orientação financeira por parte dos profissionais da área , assim teremos demanda por conhecimento e formaremos investidores.