Copel: destacando o desconto em relação ao setor, Socopa recomenda compra às ações

>> 28 janeiro 2009


InfoMoney
SÃO PAULO - A corretora Socopa publicou relatório nesta quarta-feira (28) atualizando as estimativas para os papéis da Copel (CPLE6). De modo geral, a perspectiva dos analistas é otimista para as ações, apesar do adverso cenário macroeconômico.

Conforme análise da corretora, a empresa apresenta boa geração de caixa e previsibilidade de receita, sem contar que estará exposta à recontratação de energia a partir de 2013, o que poderá incrementar seu fluxo de caixa.

Com grande desconto em relação ao setor, basicamente justificado pelo risco político, possui potencial relevante de valorização no longo prazo uma vez que o governo paranaense será alterado em 2010. O risco político ficou mais explícito ultimamente com declarações do governador do estado sobre a não efetuação de reajuste tarifário.

Boa opção em época de crise
"O perfil defensivo dos papéis das elétricas é uma boa opção em época de crise", avaliam os analistas, destacando sua baixa volatilidade durante os piores momentos para a bolsa no segundo semestre de 2008.

Incorporando tais premissas, os analistas recomendaram compra aos papéis da companhia, em especial aos investidores com perfil de longo prazo e de preservação de capital. O preço teórico estimado aos papéis foi de R$ 35,00 em doze meses, o que representa um potencial de valorização de 60% sobre o último fechamento.

Comparação
Entre as empresas integradas do setor elétrico - que possuem ativos de geração, transmissão e distribuição - a Copel e a Cemig (CMIG4) são as que, ao ver da Socopa, guardam as maiores semelhanças e discrepâncias. Ambas são estatais, o que, basicamente, explicaria o desconto das duas em relação ao mercado, em virtude do potencial risco político implícito.

Contudo, a Copel é bastante descontada em relação à própria Cemig devido à postura dos respectivos governos controladores. Assim como a Cemig, a Copel apresenta forte fluxo de caixa e previsibilidade em suas receitas.

Mais caixa
A partir de 2013 haverá espaço para recontratação de energia, que atualmente está alocada para o mercado regulado. Havia no ano passado e início desse ano grande expectativa quanto aos preços futuros do MWh, segundo os analistas. A esperança era fundamentada no estreitamento entre a oferta e demanda de energia elétrica e no crescimento acelerado do PIB (Produto Interno Bruto).

Todavia, o desaquecimento da economia provocado pela crise internacional alterou o panorama. "Provavelmente, não presenciaremos tão cedo o estreitamento entre a oferta e a demanda de energia, o que pode arrefecer a curva futura do MWh", projetam.

Ainda assim, os contratos realizados no passado no ambiente regulado foram firmados em patamares de preço inferiores aos atuais, o que ainda implicaria ganho potencial para novos contratos.



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