Principais bolsas asiáticas abrem terça-feira em queda

>> 30 setembro 2008


As principais bolsas asiáticas abriram a terça-feira em queda, no dia seguinte à notícia de que a Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou o plano do governo americano para tentar barrar a crise econômica.
Em Tóquio, o índice Nikkei caiu quase 5% nos primeiros minutos desta terça-feira, enquanto na Coréia do Sul, a bolsa sofria perdas de 3,63%.

Já em Taiwan, as notícia do fracasso nas negociações nos Estados Unidos fizeram com que a bolsa abrisse com uma queda de 6,66%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrava perdas de 5,47% apenas 10 minutos depois da abertura do pregão.

"Isto (o fracasso do plano) vai ter um grande impacto na economia dos EUA e também vai afetar a economia global", afirmou nesta terça-feira o ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano.

Austrália e Nova Zelândia também sofreram perdas similares nas primeiras horas de terça, com a bolsa de Sidney marcando queda de 5,3% e a de Wellington 4,7%.

O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, afirmou ter conversado com o premiê britânico, Gordon Brown, e os dois teriam concordado em pedir ao Congresso americano urgência para aprovar o acordo.

Perdas históricas

As perdas na Ásia chegam algumas horas depois de a Bolsa de Valores de Nova York ter registrado sua maior queda em pontos em um único dia na história.

O índice Dow Jones fechou a segunda-feira com queda de 6,98%, e o índice da bolsa eletrônica Nasdaq recuou 9,14%.

O Dow Jones acumulou uma queda de 777,68 pontos. A baixa recorde anterior era de 721,56 pontos, alcançada no primeiro dia de negócios na bolsa de Nova York após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Seguindo a tendência americana, a Bolsa de Valores de São Paulo também despencou. O índice Bovespa terminou a segunda-feira com queda de 9,36%, depois de alcançar baixa de 13%. As negociações chegaram a ser paralisadas depois que o índice Bovespa recuou mais de 10% no início da tarde.

Rejeição na Câmara

A Câmara dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira, por 228 votos contra 205, o megapacote econômico de US$ 700 bilhões proposto pelo governo americano.

Cerca de dois terços dos deputados republicanos, correligionários do presidente George W. Bush, votaram contra o pacote.

O pacote havia sido proposto pelo presidente George W. Bush no dia 20 de setembro.

O líder americano havia defendido que os congressistas precisavam aprovar a proposta com urgência, para evitar que a crise no sistema financeiro se espalhasse por toda a economia.

Os deputados republicanos levantaram objeções tanto quanto ao conteúdo do pacote como à pressa em que ele foi colocado em votação.

No fim de semana, líderes partidários haviam chegado a um acordo em relação a pontos polêmicos, como mecanismos de supervisão do mercado financeiro, proteção para os contribuintes e limites aos salários de executivos de instituições financeiras.

As concessões, porém, não foram suficientes para convencer boa parte dos congressistas a seguir a orientação dos líderes no plenário.
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