Preços no varejo mostram alta discreta de 0,03% em março, diz Fecomercio

>> 10 abril 2008


SÃO PAULO - O Índice de Preços no Varejo (IPV), medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) ficou praticamente estável em março deste ano, com uma elevação de apenas 0,03% em relação a fevereiro. No primeiro trimestre, o indicador acumulou alta de 0,24%.

De acordo com a entidade, as pressões de alta no IPV de março vieram dos grupos Padarias, Feiras, Drogarias e Material de Construção. Ao mesmo tempo, Supermercados, Eletroeletrônicos, Açougues e Veículos puxaram o índice para baixo.

Com uma alta de 2% ante fevereiro, o grupo Feiras foi o que mostrou o maior salto mensal. No acumulado até março, no entanto, a variação cai para 1,84%. As principais altas no período foram em Legumes (+8,42%) e Ovos (+7,41%).

Em seguida, aparece o grupo Padarias, com alta de 1,7% no mês. Já no primeiro trimestre, o grupo acumula crescimento de 3,01%, puxado pelos problemas no fornecimento do trigo que vem da Argentina. Com isso, os panificados tiveram elevação de 4,02% nos preços.

O IPV coleta dados junto a cerca de 2 mil estabelecimentos comerciais no município de São Paulo, contemplando 21 segmentos varejistas e 450 subitens pesquisados. A pesquisa conta com uma amostra mensal de aproximadamente 105 mil tomadas de preços.

Por outro lado, o setor de Supermercados, que vinha sendo o maior vilão do IPV em 2007, continua mostrando sinais de arrefecimento em seus preços, retraindo 0,22% em março, enquanto acumula alta de 0,53% no ano. As principais quedas verificadas e março foram em Cereais (-4,71%), Carnes Bovinas (-3,53%), Aves (-2,52%) e Adoçantes (-2,19%).

Influenciado pela desvalorização do dólar, o segmento de Eletroeletrônicos também continua a sua trajetória de queda. Em março apontou a 14ª variação negativa consecutiva, registrando -1,61%. Neste primeiro trimestre o grupo acumula queda de 3,51%. As principais variações foram: Produtos de Imagem e Som (-2,02%), Telefonia (-1,06%) e Informática (-0,96%).

O grupo Açougues registrou queda de 1,13% em março. O embargo da União Européia à carne brasileira foi apontado como um dos responsáveis pelo recuo, em razão do excedente de oferta no mercado interno. No mês, o item Aves caiu 3,1%, enquanto que o das Carnes Bovinas recuou 0,91%.

O setor de Veículos mostrou declínio de 0,14% em março e de 0,10% no primeiro trimestre, devido à venda de linhas mais antigas, que tem como objetivo reduzir estoques. Os descontos oferecidos pelas concessionárias também contribuíram para o movimento.

(Valor Online)



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