Negócios da Moda Brasileira

>> 17 março 2008


As semanas de moda brasileira inauguram o calendário mundial com desfiles qua apresentam as tendêncais do inverno tropical. Todos os anos estilistas e marcas consagradas se firmam cada vez mais como grifes internacionas ao passo que novos estilistas são apresentados ao mercado nacional e internacional com todo o suporte para fazer bons negócios.
O Fashion Business, que acontece paralelamente ao Fashion Rio, é um bolsa de negócios onde os estilistas recebem compradores do mundo todo para fechar seus negócios. Este ano, na 11ª edição, os números foram animadores.

As vendas para o mercado interno chegaram a R$ 370 milhões, um crescimento de quase 12% em relação à edição do ano passado. As exportações devem chegar a US$ 15,5 milhões entre pedidos concretizados durante o evento e negociações a serem realizadas durante este ano.O mercado da moda brasileira tem se destacado no cenário internacional por diversos fatores.

O talento dos estilistas brasileiros é muito reconhecido lá fora como apontou Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), durante a coletiva de imprensa do Fashion Rio: "O Brasil é o único país no mundo que tem cara própria e carrega esta identidade nas suas roupas e acessórios, o designer brasileiro é um dos mais valorizados".

O câmbio supervalorizado (dólar em baixa) também ajuda a divulgar a moda brasileira. O comprador francês José Bonfé disse em entrevista: "Para nós europeus ainda compensa importar do Brasil, pois o euro está mais forte que o dólar e a moda brasileira tem uma imagem muito boa entre nós".

As grifes brasileiras vêm seguindo uma tendência internacional, com grandes grupos gerenciando diversas marcas. Isso trás solidez e atrai mais investimentos.
A exemplo da LVMH (que dirige cerca de 50 marcas como Dior, Louis Vuitton, entre outras), os grupos brasileiros estão crescendo como a A.C.M. Têxtil que detêm Colcci, Sommer, Coca-Cola Clothing e Carmelita, e a I'M (Identidade Moda) que gerencia as grifes Clube Chocolate, Cúmplice, Fause Haten, Zapping, Zoomp e mais recentemente, Alexandre Herchcovitch.

É animador ver que as semanas de moda estão colocando o Brasil num patamar mais elevado no cenário internacional. Mas a industria têxtil brasileira não está em seu melhor momento. Os números do ano passado revelam que o setor não cresceu tanto quanto deveria, e ainda importa-se mais do que se exporta.Mas o governo federal anunciou medidas para favorecer o setor, tais como compensações tributárias para aumentar a competitividade em relação aos importados; combate mais efetivo à importação ilegal, busca de acordos para o acesso aos grandes mercados internacionais e mais investimento direto nas indústrias do seto.A boa notícia é que os brasileiros puderam consumir mais, já que houve um significativo aumento no nível de trabalho, renda e massa salarial, além da inflação do setor ter sido em torno de 15% enquanto a geral foi de 150% em 13 anos de circulação do Real. Isso significa que produtos de melhor qualidade estão mais acessíveis a todas as camadas sociais.

Contribuição de Gabrielle Moreira ao Mercados e Ação.



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